O fim de mais um ano se aproxima. O verão vem trazendo de volta as altas temperaturas, as chuvas sazonais, os períodos de férias e, é claro, o horário especial da estação, que divide opiniões. Saiba por que o horário de verão pode ser benéfico para o planeta!
Desde o ano de
2008, o terceiro domingo de outubro é marcado por uma tarefa importante para os
brasileiros residentes nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste. É quando entra
em vigor o horário de verão, que convencionou adiantar os relógios em uma hora
para aproveitar o dia “maior”. Neste ano, em especial, o ponto de partida do
horário de verão sofreu algumas alterações.
Em dezembro de
2017, o presidente Michel Temer assinou um decreto diminuindo em duas semanas,
passando a iniciar no primeiro domingo de novembro, e encerrando no terceiro
domingo de fevereiro. A decisão se deu em função do período eleitoral que o
Brasil vive em 2018: a data original de início causaria diferença na divulgação
dos resultados do segundo turno das eleições, no dia 21 de outubro, entre
estados que não adotam o horário de verão e naqueles em que ele é obrigatório.
Após isto, o horário se estenderá até o terceiro domingo de fevereiro.
A mudança de
horário foi decretada como lei no Brasil apenas em 2008, mas surgiu no país
ainda em 1931. Sua abrangência foi modificada diversas vezes ao decorrer dos
anos e conforme a necessidade dos estados – a exemplo da Bahia, que ingressou
no horário de verão em 2011, em função de uma crise energética, e revogou em
seguida por considerar que a medida aumentou os índices de violência no estado,
contrariando índices apontados a nível mundial sobre a redução tanto no número
de crimes quanto de acidentes em estradas durante horários de pico.
O horário de
verão foi criado justamente para ser uma atitude capaz de diminuir a sobrecarga
no consumo de energia. Observado por Benjamin Franklin no século XVIII, o
adiantamento em uma hora no relógio visava maior aproveitamento da luz natural.
Nos dias atuais, o horário diminui a demanda de geração de energia (como em hidrelétricas)
tanto em empresas quanto na iluminação pública, combatendo a crise energética
que há anos assusta o planeta.
Que crise é essa?
Quando falamos
em crise energética mundial, não estamos tratando apenas do impacto inevitável
causado pelas usinas hidrelétricas, mas por questões muito mais amplas e
anteriores. Principalmente após a Revolução Industrial, que aconteceu no século
XVIII, quando surgiram as máquinas a vapor, se intensificou a exploração de
recursos naturais altamente poluentes e não-renováveis – como o caso dos
combustíveis fósseis.
Há diversas
teorias comprovadas a nível mundial que apontam a queima dos combustíveis
fósseis como principal causador do efeito estufa. Trata-se de uma modificação
física na atmosfera causada pela liberação excessiva de gases que se acumulam e
não permitem que os raios ultravioletas sejam liberados. Ou seja, mais e mais
calor é adicionado ao planeta constantemente, promovendo o tão falado
aquecimento global.
O
superaquecimento do planeta provoca um encadeamento fatal de acontecimentos que
implica no desequilíbrio de vários ecossistemas. As grandes massas de gelo nas
regiões polares são derretidas, aumentando o nível e a temperatura dos mares, o
que prejudica diretamente diversas espécies animais e mesmo a população em
cidades litorâneas, mais propensas a inundações.
A evaporação
das águas do oceano por conta do aumento da temperatura também potencializa o
surgimento de fenômenos climáticos como os furacões, tufões e ciclones. Todas
estas consequências podem ser minimizadas se houver esforço global pela preservação
e recuperação do meio ambiente, como o consumo consciente de energia. Quem
diria que uma hora a mais no dia poderia fazer tanta diferença?