Diabetes: é possível controlar

O Ministério da Saúde, em um estudo recente, analisou o crescimento dos casos de diabetes no Brasil. Na capital de Santa Catarina, Florianópolis, os dados são alarmantes: houve um aumento de 82,7% na população masculina nos últimos 11 anos.

A diabetes é uma doença crônica que causa problemas sérios com o organismo humano. Causada por distúrbios do metabolismo que fazem o pâncreas não sintetizar toda glicose do sangue, como no caso da digestão de carboidratos, a Diabetes Mellitus é uma doença que não possui tratamentos específicos para a cura, mas que possui diferentes formas de controle. Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), houve no mundo um aumento significativo dos casos da diabetes – o Brasil ficou com a 8º colocação entre os países com maior número de prevalência da doença.

            Um dos desafios diários de quem convive com a doença é a exclusão do açúcar do seu cardápio alimentar. Os carboidratos e açúcares estão presentes na mesa dos brasileiros em larga escala – comumente representados por alimentos à base de ingredientes refinados. Surgem aí os principais cuidados que o portador de diabetes deve ter: além do diagnóstico e acompanhamento médico, uma alimentação adequada, visando evitar problemas do sistema cardiovascular e de resistência.

            Os tipos de diabetes

            Existem dois tipos de diabetes registrados pela medicina, que se diferenciam por fatores importantes. No caso do tipo 1, a diabete é hereditária, ou seja, o organismo da pessoa adquire a doença da família. Já o tipo 2 se trata da diabete adquirida durante a vida, influenciada, por uma dieta não-saudável. Os dois tipos exigem atenção e devem ser diagnosticados com exames e com consultas a um médico.

            A Diabetes Mellitus tipo 1 é a mais agressiva. O pâncreas não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicose no sangue, devido a uma falha no sistema imunológico da pessoa, fazendo necessário a aplicação diária de insulina, para o organismo sintetizar a glicose no sangue.

            A única forma de controle é a aplicação diária de insulina, seja por injeção ou por meio de uma bomba injetora de insulina, aparelho programado com o comando de enviar microdoses de insulina para o corpo por meio de um tubo inserido na área do abdômen, região lombar, nádega, coxas ou braços, ficando na parte externa do corpo.

            A Diabetes Mellitus tipo 2 é menos agressiva e pode ser diagnosticada em qualquer idade. Os maus hábitos alimentares ajudam a doença a se desenvolver no organismo, o que causa uma série de restrições sobre os alimentos que podem ser consumidos por uma pessoa diabética. Pode ser controlada com práticas regulares de exercícios físicos e boa alimentação, prevenindo de problemas de saúde mais sérios e fatais. Alguns dos fatores de risco para desenvolver diabetes tipo 2 são excesso de peso e obesidade, ingestão de açúcar e gordura em excesso, sedentarismo, idade e stress.

            Como prevenir? Como controlar?

            A primeira e mais importante medida para se manter distante da diabete é levar uma vida saudável. Por se tratar de uma doença silenciosa, que pode afetar o organismo com sintomas facilmente confundíveis, é importante estar atento a uma rotina de saúde, com a realização de exames médicos com certa frequência. Entre os sintomas da diabetes tipo 1 estão acontecimentos simples, como sede excessiva, perda de peso repentina, cansaço frequente, infecções e irritabilidade. Da mesma maneira, o tipo 2 pode se confundir na rotina: além da sede e do cansaço comuns ao tipo 1, estão também a visão turva, a dificuldade em cicatrizar feridas e o formigamento nos pés e mãos.

            Deve-se estar atento também à chamada pré-diabetes. Trata-se do sintoma que antecede a diabetes propriamente dita, e sua identificação pode contribuir para que a doença não avance e não se desenvolva. Sua identificação se dá também por exames de sangue feitos em jejum, em geral logo pela manhã. O controle glicêmico do sangue serve de parâmetro: hoje existem aparelhos que indicam imediatamente o nível de glicose no sangue, facilitando o controle. A prevenção é a forma mais eficaz para que a doença não se desenvolver no organismo.